Yeltsin Jacques conquista ouro nos 1.500m e quebra recorde mundial na Paralimpíada de Paris
Na manhã desta terça-feira (3/9), o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques fez história mais uma vez ao conquistar o bicampeonato paralímpico na prova dos 1.500 metros da classe T11 (para atletas com deficiência visual) nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Com o tempo de 3min55s82, Yeltsin assegurou a medalha de ouro, além de quebrar seu próprio recorde mundial, superando a marca de 3min57s60 que havia estabelecido na Paralimpíada de Tóquio-2020.
Esta vitória marca a segunda medalha de Yeltsin em Paris 2024 e eleva o número total de suas conquistas paralímpicas para quatro, incluindo as duas medalhas de ouro obtidas em Tóquio. Aos 32 anos, Yeltsin solidifica sua posição como um dos maiores nomes do paratletismo mundial.
Yeltsin, que é beneficiário do programa Bolsa Atleta do Governo de Mato Grosso do Sul, coordenado pela Fundesporte e pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), correu ao lado de seu guia Guilherme Santos. A dupla fez uma performance impecável, dominando a prova e reafirmando o Brasil como uma potência no meio fundo e no fundo do paratletismo.
“Na semifinal já mostramos para o que viemos. Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar de novo com recorde mundial… Estou muito feliz com todo o trabalho. Tive uma lesão, me recuperei, depois sofri com uma virose que acabou atrapalhando nos 5.000m, mas as expectativas eram as melhores possíveis. Nos 1.500m, eu acreditava que conseguia até um pouquinho mais forte”, celebrou Yeltsin.
Ele também expressou sua alegria por ver o colega Júlio César Agripino dos Santos no pódio. “Fiquei muito feliz de o Julio estar aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil tem se tornado uma potência no meio fundo e no fundo. A gente vai ser inspiração para as próximas gerações”, concluiu o paratleta.
Além do ouro de Yeltsin, o Brasil ainda fez uma dobradinha no pódio com Júlio César Agripino dos Santos, que conquistou a medalha de bronze na mesma prova. Júlio, que havia ganho o ouro nos 5.000 metros em Paris, reafirmou a força dos paratletas brasileiros nas competições de longa distância.
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