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Carol Solberg estreia em Paris e mantém legado olímpico da família

Carol Solberg um é dos símbolos de persistência e dedicação do Time Brasil em Paris. Aos 36 anos, ela enfim viveu a experiência de estrear em Jogos Olímpicos, neste domingo, 28. Foram muitas tentativas de classificação no vôlei de praia em ciclos anteriores, até conseguir a vaga para a competição na França.

Jogando ao lado de Bárbara Seixas, elas venceram as japonesas Akiko Hasegawa e Miki Ishii por 2 a 0, com parciais de 21 a 12 e 21 a 19. Um dia inesquecível para uma atleta que desde pequena sonhou com esse dia, mas demorou quase toda uma carreira para realizá-lo.

“Eu estou tão feliz. Tive um sentimento de muita gratidão ali dentro. De tentar desfrutar desse sonho, desse momento, nessa arena mais linda que já vi na vida. É um privilégio poder fazer parte disso. Quero desfrutar desses Jogos, jogar do nosso jeito. Nossa parceria é muito legal, de se ajudar, de estarmos juntas o tempo todo, eu quero jogar e desfrutar”, disse ela.

E o momento se torna ainda mais especial por Carol Solberg manter o legado olímpico da família. Sua mãe, Isabel, falecida no ano passado, disputou os Jogos em Moscou 1980 e Los Angeles 1984, além de ter sido uma das pioneiras do vôlei de praia no Brasil. Seu irmão, Pedro Solberg, representou o Brasil na Rio 2016.

Agora foi a vez de Carol prosseguir com a linda história da família nos Jogos Olímpicos. Sempre com eles na cabeça e no coração.

“Eu pensei neles o tempo inteiro. É inacreditável pensar que estou aqui hoje. É um sonho desde menina. Tento isso desde sempre, bati na trave várias vezes e me mantive muito forte de cabeça, acreditando. Eu jogo vôlei porque eu amo. Meu sonho era esse, mas tentei nunca me perder, mesmo quando não consegui a vaga. Preferi dar valor ao que eu sinto em quadra. Esse esporte me deu tudo. Vi minha mãe jogando a vida toda, acompanhei os Jogos Olímpicos do meu irmão”, explicou.

“Tenho muita gratidão e amor por esse esporte. Quando estou em quadra, todos esses sentimentos estão dentro de mim. Eu preciso dessa emoção, de jogar com essa intensidade. É cansativo jogar assim, mas é meu jeito. Quando estou em quadra, entro com minha família, com a nossa história e com o meu coração. Vou tentar curtir muito esse momento”, completou.

A caminhada de Carol Solberg nos Jogos Olímpicos segue nesta terça-feira, 30, quando enfrentará Monika Paulikiene e Aine Raupelyte, da Lituânia. Mais uma chance pra aumentar o orgulho e o legado olímpico da família.

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