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Brasil e Paraguai avançam com projeto de construção do hospital binacional

O empresário Carlos Bernardo começou a alimentar a ideia, há dois anos e está saindo do papel e ganha ambientes e situações favoráveis para tornar-se realidade. Trata-se da construção de um hospital binacional na fronteira Brasil-Paraguai, entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, projetado para oferecer modernas estruturas técnico-científicas, corpo de profissionais com formação qualificada e instalações amplas para atender até 800 mil pessoas, em média, que procuram assistência médico hospitalar nesta região.

Na terça-feira (16/7), Bernardo – CEO da Universidade Central do Paraguai (UCP) – esteve em Brasília com o deputado federal Vander Loubet (PT) para cumprir agendas importantes com autoridades federais, tendo como anfitrião Valmir Prascidelli, o Secretário Especial de Assuntos Parlamentares do governo federal que está interessado na realização do projeto.

A iniciativa é reforçada por várias autoridades e lideranças dos dois países. Entre elas, alguns deputados federais brasileiros e no Paraguay, o presidente Santiago Peña, o governador do Departamento de Amambay, Juancho Acosta, e o deputado nacional Lalo Gomes.

Empenhado em contribuir com a melhoria das políticas públicas de educação e saúde na fronteira, Bernardo encontrou em Vander Loubet um parceiro efetivo nesta ideia. E ela vem avançando, consistente, como se verificou nas agendas de hoje no Distrito Federal. “Estamos abrindo portas de alta relevância para fazer a caminhada. O governo do presidente Lula já deu o sinal de aprovação, assim como o governo paraguaio. Agora, é tratar dos procedimentos preparatórios e dar sequência aos avanços”, exalta Loubet.

Para Bernardo, além da assistência hospitalar plena, o hospital ainda dará um suporte fundamental ao ensino superior, com serviços de formação e especialização profissionais, como a residência médica. Só em Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este a UCP possui três Faculdades de Ciências Médicas, que atraem estudantes dos dois países. Um hospital binacional já atende a região de Foz do Iguaçu e Ciudad del Leste, construído nos anos 1970 para atender famílias dos operários que construíram a Hidrelétrica de Itaipu. A assistência é feita basicamente por meio do SUS, solução que é prevista no projeto para Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

Hospital-escola

“O estabelecimento pode funcionar como hospital escola para os mais de 16 mil estudantes universitários que cursam medicina em Pedro Juan Caballero, Zanja Pyta e outras localidades que encontram dificuldade quando precisam fazer internato e residência médica. A medida também iria tornar Ponta Porã e Pedro Juan Caballero uma referência no tratamento médico em toda a região”, aposta Bernardo.

O investimento estimado para uma obra dessa envergadura fica entre US$ 7 milhões a US$ 10 milhões (ou entre R$ 35 milhões a R$ 50 milhões, em moeda brasileira). Para Loubet e Bernardo, é essencial que alguns itens sejam bem enfatizados: este projeto vem sendo acalentado há mais de dois anos, todos os serviços de assistência às populações locais terão o suporte do SUS e a gestão do hospital será compartilhada.

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