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Passagem de veículos pesado faz ponte sobre o Rio Miranda subir 30 centímetros

Imagens divulgadas nesta quinta-feira (5/9), pelo Campo Grande News, mostram o perigo na ponte sobre o Rio Miranda, na divisa entre Anastácio e Bonito, na MS-345. Após a passagem de veículos pesados, a estrutura sobe até 30 centímetros (veja o vídeo no final da matéria).

“Muito cuidado para passar aqui na ponte do Águas do Miranda, indo para Bonito. Quando um bitrem passa rápido, a ponte levanta e os carros pequenos que vão atrás podem sofrer acidente muito grave. É super perigoso a pessoa que está atrás bater e cair lá embaixo no rio”, diz uma mulher, em áudio que circula em grupos.

Segundo o site da Capital, um morador mediu com trena para mostrar o problema. Teve carro com quatro pneus furados e radiador estragado ao passar pela ponte.

“Isso aqui já foi reclamado, é uma tragédia anunciada. Esse carro passou atrás de duas carretas. A gente que é daqui sabe o que está acontecendo, ele não. Olha, teve os quatro pneus estourados devido a pancada que deu. A batida foi tão forte que saiu os airbags. Esse é só um que aconteceu, quantos mais vão precisar?”, afirma Rodolfo Souza Gonçalves, de 44 anos, que mora na região há 27.

As obras de pavimentação dos 100 quilômetros da MS-345 tiveram início em 2021 e a inauguração ocorreu em 2 de julho, com um investimento de R$ 368 milhões. A distância entre Campo Grande e Bonito “encurta” 40 quilômetros na comparação com o caminho mais utilizado: BR-060, passando por Sidrolândia, Maracaju, Nioaque e Guia Lopes da Laguna.

Em nota, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que estava contratando, por inexigibilidade de licitação, inspeção detalhada da estrutura e o desenvolvimento do projeto executivo para a recuperação da ponte sobre o Rio Miranda, na MS-345.

“É importante destacar que as proximidades da ponte já contam com sinalização vertical, e a Agesul está reforçando a sinalização horizontal para aumentar a segurança dos motoristas. Há estudos em andamento para melhorias na estrutura da ponte”, afirmou a nota.

Questionada nesta quinta pelo Campo Grande News sobre a manutenção da ponte, data de construção, valor do conserto, se há risco de queda e se haverá interdição, e somente após a publicação da reportagem, chegou a informação de que a ponte, em Águas do Miranda, foi construída pelo Exército na década de 60. O problema, numa análise superficial, tem sido causado pelo tráfego intenso dos bitrens, veículos de transporte de minério. Na região, em Bonito, tem mineradora que utiliza a rodovia, recém pavimentada.

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